sábado, 22 de setembro de 2012

Proposta novos quadros competitivos

Depois de algum tempo de observação, chega a altura de propor uma organização diferente da competição (formativa) futebolística na Região.

A verdade é que o quadro competitivo atual não nos parece satisfatório.

A ideia base de que só há competição (e campeonatos) a partir dos iniciados torna impossível que o jogador madeirense (com potencialidades) chegue a essa idade com os ritmos e características competitivas necessárias.

Os melhores jogadores madeirenses que, nessas idades, são experimentados nas academias dos clubes nacionais de topo, regressam, rapidamente, com o rótulo de que são bons e prometiam bastante mas que, pela falta de competição, já terão “perdido o comboio”. Sem prejuízo de haver algumas exceções que poderão “confirmar a regra”.

É preciso mudar. No sentido da criação de um modelo que, sem prejuízo da participação em quantidade (tão cara à política formativa futebolística atual), permita a evolução qualitativa das promessas.

Então, propomos simplesmente:

1)Criação de quadros competitivos regionais em futebol de 7 desde os Traquinas. Passando pelos Benjamins e até aos Infantis.

Estes quadros competitivos anuais poderão ter uma fase inicial aberta a todos. Depois, são separadas em dois níveis. Um onde se localizarão as melhores equipas e outro com as restantes. A qualidade e o futebol para todos, paralelamente. Sem que um se sobreponha ou exclua o outro.

A terceira fase poderá acabar num modelo de play-off (quartos de final à melhor de 3, meias finais à melhor de 4 com a “negra” decisiva e final à melhor de 5) garantindo que, aos pares, as melhores equipas possam competir várias vezes ganhando qualidade numa competição equilibrada.

Nestas idades, os quadros competitivos podem (e provavelmente devem) ser simplificados. Sem necessidade de registo federativo dos jogadores caso isso provoque custos e despesas exageradas. Dinheiro que vai e não volta.

2)Nas equipas regionais de topo (são tão poucas) urge a criação de um modelo alternativo ao atual em que cada grupo de treino trabalharia com vista a duas competições em dois escalões distintos. No seu escalão etário e no seguinte. Desta forma, os vários campeonatos ganharão competidores e mais equilíbrio.

Nesse esquema competitivo, os juvenis das equipas médias e menos boas poderão jogar com os iniciados das equipas de topo. Com ganhos evidentes para ambos. Sem prejuízo da gestão a fazer todos os fins de semana, na definição das equipas entre ambos os campeonatos.

Assim, nas melhores equipas (mais uma vez, são tão poucas, na região) o plantem seria gerido de forma a que todos os jogadores entrassem em competição, numa das duas competições em questão. Com liberdade de utilização dos jogadores que poderão jogar em dois dias consecutivos, sem questões nem impedimentos. No Sábado no campeonato de Benjamins, no Domingo, no de Infantis. Permitindo que os jogadores menos utilizados do grupo (no sistema atual, demasiado inativos competitivamente) possam jogar muito mais.

Nos jogos mais importantes, os melhores viriam à equipa do seu escalão, em força, mas normalmente, jogariam mais frequentemente no escalão acima, onde vão ganhar calo competitivo.

3)Para que tudo isto seja possível, os quadros competitivos deverão estar “colocados” no Sábado e Domingo, mas separadamente. Os Traquinas, Infantis e Juvenis no Sábado, Os Benjamins, Iniciados e Juniores no Domingo de manhã.

4)Na verdade, é a lógica das equipas B profissionais, na Liga secundária do futebol nacional. Com as adaptações necessárias. Dando competição regular a todos os jogadores. Que poderão estar no banco no sábado, na principal e jogar na secundária no Domingo. Assim, todo o plantel poderá sempre estar ativo e competitivo.

5)Claro que poderá ser necessário alterar alguma regulamentação. E perder alguns preconceitos. Assumindo a competição, mesmo que apenas para um grupo restrito de miúdos.

Play offs

Se temos poucas equipas competitivas, há que incrementar os jogos entre elas. O modelo competitivo de play offs nas fases finais das (de todas as) competições é absolutamente lógico e essencial. E, para além disso, escapando aos sistemas atuais, dependentes de eliminatórias de um jogo em campo neutro ou neutralizado…

Simplificação organizativa (árbitros/equipa)

Se necessário simplifiquem-se os esquemas da arbitragem. Pelo menos nos campeonatos dos mais novos. Cada equipa inscrita apresentaria um árbitro que ficaria disponível para apoiar na organização dos campeonatos.

Futebol de 9 na transição do futebol de 7 para o futebol de 11

Nomeadamente, no último ano de infantil, para os jogadores que não “entram” de imediato nos torneios de 11. Por razões várias, que vão da qualidade à capacidade física e/ou crescimento mais tardio. É que, no modelo atual, os infantis que acabam o torneio de infantis em Janeiro e que não “entram” no torneio de 11 acabam, ali mesmo, a época… E, no caso das idades B (primeiro ano de infantis) esta situação poderá incluir os melhores jogadores regionais.

Trapalhanças e jogos de 4 no futebol para todos

A manter. Mas não se poderá resumir a competição (pelo menos para alguns) a apenas isto…

0 comentários: